Juntos pelos Alunos

Estudante, nós queremos te ajudar a continuar focado em aprender e a aproveitar as oportunidades do vestibular!


Pensando em facilitar a sua atuação como professor, que têm se empenhado para apoiar seus alunos nesse momento em que a Educação a Distância se tornou a alternativa para as escolas, produzimos este artigo com dicas valiosas para você planejar, criar e disponibilizar conteúdos para os seus alunos com o máximo de aproveitamento dos recursos que você já possui e das potencialidades de cada tipo e formato.

Preparado para encontrar uma boa estratégia para elaborar a sua aula online?


TIPOS DE CONTEÚDOS PARA SUA AULA ONLINE

Qual é o objetivo da sua aula online? Você pretende abordar um assunto por aula ou produzir um conteúdo que apresente mais de um tema?

O tipo de conteúdo escolhido vai refletir na maneira como você organizará as suas aulas online. E isso vai depender, inicialmente, do seu objetivo com esse material, da sua disponibilidade para produção e da possibilidade de recepção desses conteúdos pelos seus alunos. Nesse ponto, é possível que você produza textos, imagens, áudios e vídeos, dentre muitas outras possibilidades.

Você pode, por exemplo, gravar videoaulas para os conteúdos mais complexos e disponibilizar textos, imagens e áudios como materiais complementares. Também é possível pedir para que seus alunos ouçam uma audioaula, façam uma pesquisa em um texto e depois vocês podem comparar os resultados da atividade e da metodologia em uma videoconferência.

Mas, você sabe quais as vantagens de cada tipo de conteúdo? Abra as abas abaixo para descobrir!

Vídeos

Os vídeos, por trabalharem com som e imagem, oferecem uma experiência de aprendizagem potencialmente profunda, principalmente por possibilitarem a inserção de reforços visuais como palavras-chaves, textos e trilhas sonoras durante explicação, deixando o processo de aprender ainda mais agradável. Eles também facilitam a identificação e vínculo dos alunos com o professor, por permitirem que os alunos vejam suas expressões faciais e corporais.

Textos e imagens

Textos e imagens são maneiras mais tradicionais de ensinar e aprender, mas não deixam de ser eficientes quando aplicados com metodologias que tornem a vivência com os materiais de estudo mais dinâmica. Além de consumirem muito pouco da internet dos alunos, esse tipo de conteúdo pode apoiar a consulta e pesquisa no pré, durante e pós-aula.

Áudios

Os conteúdos em áudio são dinâmicos e práticos tanto para os professores quanto para os alunos, principalmente por serem fáceis de se produzir e por não consumirem tanto a internet daqueles estudantes que não possuem pontos de wi-fi em casa. Conteúdos em áudio também tendem a ser práticos, uma vez que podem ser conciliados com outras atividades, como uma aula de leitura gravada.

Dica!
Seja lá qual for o tipo de conteúdo que você vai escolher produzir, é sempre interessante buscar saber mais sobre metodologias da Educação à Distância, como forma de aproveitar ao máximo cada material criado por você para o processo de aprendizagem dos seus alunos.


COMO PLANEJAR A ELABORAÇÃO DE UM MATERIAL PARA EAD

Antes de uma aula presencial, você passa pela etapa de planejamento, certo? Esse é um companheiro dos professores durante toda trajetória profissional. Da mesma forma, você também precisará de um planejamento quando for produzir um conteúdo para ser disponibilizado remotamente aos alunos.

Algumas das questões fundamentais que você precisa responder:

  • Quem é o seu público alvo? (alunos de que ano ou ciclo?).
  • Qual o contexto em que esses alunos se encontram? (a maioria tem um celular, um computador, a escola tem uma plataforma que os alunos podem acessar conteúdos?).
  • Qual o conteúdo fará parte dessa aula?
  • Qual o melhor formato para disponibilizar esse conteúdo? (vídeo, texto, podcast?)
  • O que você espera que o seu aluno aprenda após interagir com o conteúdo disponibilizado (objetivos de aprendizagem)?
  • Como você irá avaliar o resultado desse processo?

A partir dessas questões, a Scaffold Education organizou algumas dicas que poderão ajudá-lo nesse momento.


PRODUZINDO AULAS EM VÍDEO

Caso opte por preparar suas aulas em vídeos, temos algumas dicas que podem te ajudar a potencializar esse material, utilizando os recursos que você já possui na sua casa.

Uma boa videoaula começa com um bom roteiro

Não, não estamos falando que você vai precisar montar um roteiro detalhado para sua aula online, mas que é necessário definir alguns pontos e organizar a ordem em que o seu conteúdo será apresentado, de forma a facilitar o entendimento dos seus alunos e o seu trabalho.

O roteiro de uma videoaula pode ser algo simples, como a divisão do assunto em tópicos para você poder se apoiar durante a explicação. Além de definir a ordem de cada item e manter a linearidade da explicação, é possível planejar momentos de apresentar exemplos práticos e de abrir para dúvidas, sem interromper o seu raciocínio.

Lembre-se sempre que o roteiro deve te ajudar, então é preciso que você encontre o seu próprio nível de detalhamento das informações que estarão nele, para que te sirva como guia, sem atrapalhar o dinamismo da sua aula.

Quais recursos utilizar na criação das suas videoaulas

Quando o assunto é gravação, a primeira coisa que precisa estar resolvida na sua cabeça é que não existe certo ou errado. O mais importante é que seus alunos aprendam com o conteúdo que você está produzindo.

Ainda assim, existem inúmeros recursos que você pode utilizar à princípio para encontrar a sua forma de gravar e produzir suas videoaulas em casa, entre eles:

O passo a passo para a gravação de uma videoaula

1. Pense em um conteúdo da sua área ou disciplina específica que você identifica como necessário e que você tem facilidade de ministrar.

2. Depois de fazer essa escolha, você pode gravar um vídeo pelo seu celular contando para os seus alunos qual é esse conteúdo. Faça isso de uma maneira mais informal, fale da importância desse conteúdo para a compreensão de algo maior, diga como o conteúdo poderá ser identificado ou aplicado no dia a dia, se tem conexão com outras disciplinas. Procure usar elementos de uma narrativa (imagine que você está contando uma história): chame a atenção, desperte o interesse e convide o seu aluno para ação.

3. Procure estabelecer uma conexão com seu aluno usando uma linguagem pessoal e simples, propondo questões de reflexão, dando instruções ou caminhos para que ele continue aprendendo ou buscando materiais após assistir ao seu vídeo. Convide o aluno para participar, mostre caminhos a ele.

4. Você também pode acessar o YouTube ou outro canal, fazer uma pesquisa e procurar um vídeo explicando esse mesmo conteúdo. Isso é o que chamamos de curadoria. Você poderá indicar podcasts ou textos escritos, também. Ou seja, você pesquisará e avaliará a possibilidade de indicar aos seus alunos algum material que já está pronto e disponível na web. Isso poderá facilitar o seu trabalho. Use o vídeo que está gravando para indicar esses materiais e dar uma breve explicação sobre o conteúdo que eles trazem. O importante é incentivá-los, instigá-los.

5. Você pode pesquisar sobre curiosidades (cases), fatos interessantes, passagens divertidas, charges, textos e histórias “mais leves” e atrativas.

6. No final do vídeo, retome os principais tópicos abordados e chame atenção para o próximo que será gravado. Lance perguntas e/ou desafios. Proponha uma pesquisa e indique os materiais que você já encontrou sobre o tema. É muito importante você convidar o seu aluno a realizar uma ação. Se possível, conecte com a sua próxima aula.

Sugestões de formatos

Microlearning

Os vídeos podem ter diferentes tamanhos e formatos. Um deles é o microlearning. Trata-se da produção de conteúdos de fácil entendimento, objetivos e curtos. Esse formato fornecerá aos alunos, foco na informação e controle sobre o fluxo de conteúdo, o que será muito importante para esse momento “novo” e adaptativo para todos (alunos e professores). As estratégias de microaprendizagem não exigem um período de atenção prolongada do aluno e nem que você, professor, tenha que gravar vídeos longos que exigem muitas habilidades ou recursos com alta complexidade.

Embora o microlearning seja um formato de aprendizagem com duração determinada, ele deve atingir um objetivo de aprendizagem, ter um escopo, um conteúdo sistematizado, elaborado, planejado. Lembre-se que o tamanho/duração não pode determinar a qualidade desse conteúdo. Como em qualquer outro formato de conteúdo, a proposta de aprendizagem deverá estar alinhada a um objetivo (o que você gostaria que o seu aluno soubesse e fizesse após assistir esse vídeo). Você poderá gravar vários microlearnings de um mesmo assunto, separando-os por categorias, por exemplo. No primeiro vídeo, pode apresentar o conceito e porque é importante estudá-lo; no segundo vídeo, poderá mostrar aplicações desse conceito, no terceiro falar sobre curiosidades desse conceito e, no quarto, indicar fontes para um aprofundamento. Pense em uma categorização que faça sentido para você, que seja fácil de produzir e que lhe dê segurança!

Procure identificar o que há de mais importante para ser dito sobre um conceito, use a chamada para ação no final do vídeo (peça ao seu aluno que pesquise algo, faça uma pergunta que ele deve responder antes de assistir ao próximo vídeo), anuncie o próximo vídeo.

Insira um diálogo didático simulado

Eu não estou no mesmo lugar e na mesma hora que o meu aluno para estabelecer uma conversa com ele! E agora?

O diálogo pode acontecer também, por meio de suportes de mídia, como por exemplo, material impresso, vídeos, áudios e animações. Ou seja, no diálogo didático simulado, a comunicação está contida no próprio texto – seja impresso, narrado ou apresentado em vídeos.

Assim, o “segredo” é minimizar a distância e usar o potencial dessas mídias para aproximar-se do seu aluno, para estabelecer um vínculo, um diálogo à distância. Para tanto, considere os itens a seguir:

1. É importante que a relação pessoal e/ou afetiva entre você, professor e os alunos se mantenha, a ideia de que vocês estão próximos, conectados. Portanto, ao gravar um vídeo, lace perguntas ao seu lado, faça reflexões.

2. Esse sentimento pode ser construído com instruções e direcionamentos claro, bem desenvolvidos e criativos.

3. Uma linguagem pessoal e simples favorece o sentimento de interação.

4. Procure usar um tom pessoal, o mesmo que você usa na sala de aula de modo que os vídeos tenham a sua identidade, já reconhecida e familiarizada com os alunos.

Storytelling

Agora é o momento para sermos criativos e incentivarmos os nossos alunos a serem também! Já pensou em usar a contação de histórias para o trabalho com os conteúdos da sua disciplina?

O Storytelling é um termo em inglês. “Story” significa história e “telling”, contar. Você pode contar histórias ou sugerir que os seus alunos contem e usar elementos como: personagens, ambientes e uma mensagem. A história poderá ser contada envolvendo uma temática específica ou até conteúdos interdisciplinares.

O mais importante é que essa metodologia facilita uma conexão afetiva com o leitor. Para tanto, procure criar histórias com uma jornada atraente, que tenham pontos de “suspense”, perguntas ou desafios, crie personagens comuns ou imaginários que possam cativar e conectar-se com o seu o público. Você pode fazer uma sequência de histórias, usando o mesmo personagem e mudando desafios e ambiente.

O que seria mais interessante? Criar a história e pedir aos alunos que leiam e comentem ou dar diretrizes para que os seus alunos criem?

Quer fazer algo diferente? Acesse a ferramenta abaixo para criação de quadrinhos e aplicação de storytelling!

O que fazer quando você não quer aparecer no vídeo?

Gravação no PowerPoint

1. Você pode gravar uma videoaula usando o PowerPoint. Se você já tem uma aula montada no PowerPoint, poderá colocá-la na tela e gravar a exibição de slides com um áudio. Assim, você apresenta o conteúdo aos alunos, utiliza recursos que já está habituado (o powerpoint e o computador), não precisa pedir para alguém filmá-lo ou pensar em uma estratégia para fazer isso se você está sozinho e não aparece no vídeo caso considere isso um desafio muito grande.

2. Clique aqui para conhecer uma maneira bem simples de fazer isso (com a possibilidade de editar ou de fazer um passo a passo).

Dicas para a gravação de videoaulas

• Destaque a relevância do tema, contextualize, procure mostrar se ele pode ser identificado ou utilizado no cotidiano do alunos; use exemplos.

• A introdução precisa ser convidativa: você pode usar uma figura (em um cartaz ou power point), um caso, uma charge, um problema, um desafio, solicitar que os alunos façam uma pesquisa). É importante começar interagindo diretamente com eles – lembre do diálogo didático.

• Na conclusão (ou fim do vídeo), retome os principais tópicos abordados.

• Faça ponte com os próximos conteúdos ou relações com conteúdos de outras disciplinas.

• Durante o vídeo, dependendo de sua duração, você pode “criar” chamadas que representam paradas estratégicas quando o conteúdo é muito denso. Por exemplo, utilize frases interrogativas convidando os alunos para pensar em algo.

• Opte por roupas clássicas, com cores sóbrias, sem estampas como xadrez, listras, poás ou brilhos. Evite roupas com figuras de personagens ou personalidades, marcas produtos, símbolos ou frases escritas que possam desviar a atenção dos alunos.

Ideias para as videoaulas

1. Você pode solicitar aos alunos que enviem perguntas por uma rede social ou plataforma de aprendizagem e, então, poderá gravar vídeos que respondam às perguntas enviadas.

2. Você poderá gravar um vídeo de opinião sobre um conteúdo controverso e polêmico – sempre apresentando diversos pontos de vista e argumentos.

3. Você pode juntar-se a outros colegas e gravar vídeos que simulem entrevistas.

4. É possível utilizar softwares e aplicativos para tornar suas videoaulas ainda mais divertidas para seus alunos. Confira o vídeo sobre o assunto, feito pelo Fernando Mantovani, um parceiro da Scaffold Education:

Nossa trilha de produção de videoaulas para professores

Caso queira saber mais sobre como começar a produzir suas videoaulas, adquirir confiança na frente da câmera e conhecer outras possibilidades de recursos e técnicas, confira a trilha que criamos sobre o assunto:


AULAS COM TEXTOS E IMAGENS

Variar os formatos de conteúdos é muito importante para proporcionar diferentes experiência aos alunos e manter-se conectado a eles. Há algumas dicas para escrita de conteúdos:

Organização em tópicos

Procure dividir os parágrafos ou tópicos. Às vezes, é necessário abordar um conteúdo complexo, denso. Avalie isso e, caso não possa simplificá-lo, você poderá “diminuir” essa complexidade no espaço e tempo de abordagem. Assim, você não sobrecarrega a capacidade de processamento de informações do seu aluno.

Evite também, “penduricalhos”, usar muitas palavras para dizer algo ou descrever detalhadamente o que não é necessário.

Lembra do microlearning? Ele pode ser aplicado, também, a formatos escritos e, por isso, a divisão em tópicos ou parágrafos é importante.

Chamadas para ação

Você pode ter ideias para que o texto não fique com uma leitura muito densa. Uma delas é criar seções típicas (que você pode fazer com frequência) que convidam o aluno a fazer algo diferente ou a ler algo diferente sobre aquele conteúdo. Alguns exemplos:

Saiba mais/para aprofundar: Aqui, você pode convidar o seu aluno a aprofundar-se no assunto, caso ele tenha interesse. Indique a leitura de um artigo científico, um link de de um vídeo ou um filme. Faça um breve resumo sobre o conteúdo de aprofundamento e elabore algumas questões para direcioná-lo. É interessante que você poderá variar os recursos disponibilizados.

Curiosidades/Você sabia?: Você pode indicar uma curiosidade sobre o tema: um aspecto histórico relacionado à origem ou utilização, por exemplo.

Mão na massa: Você pode indicar uma atividade prática ou uma tarefa que o aluno pode fazer em casa (até mesmo com a família, se possível). Por exemplo, peça e ele que faça uma entrevista com alguém, uma pesquisa, resolva um desafio, faça uma experiência. Use a criatividade e convide o seu aluno a usá-la também!

Fique ligado/contextualizando: Aqui, é hora de, se possível, relacionar o conteúdo com o cotidiano do aluno. Como ele “usa” ou “vê” esse conceito no dia a dia? Onde está esse conceito no mundo? Há algo recente como, por exemplo, uma pesquisa ou um produto que envolva conhecimentos sobre o conceito que você está trabalhando?

Para discutir/polêmica/atualidades: Aqui você pode propor questões para serem pensadas sobre o que está acontecendo no mundo. É muito importante para manter o seu aluno atualizado e exercitando o pensamento crítico. Por exemplo, se você é professor de Biologia, relacionar uma aula sobre vírus ou sobre pandemias com o Covid-19; se é professor de História/Geografia, estabelecer relações entre essa pandemia e outras que já ocorreram (Gripe Espanhola, Peste bubônica, Cólera); usar gráficos para trabalhar Matemática…. Usar o que está acontecendo para um trabalho interdisciplinar, para provocar discussões e pesquisas pode favorecer o envolvimento dos alunos com o tema.

Voz do autor

A relação professor-aluno é construída diariamente com afetividade, atenção e cumplicidade. Muitas vezes, esse é um ponto forte de motivação para que o aluno se interesse pela disciplina. Portanto, ao escrever um texto, é importante que você “deixe a sua impressão digital”. Não tente escrever mais difícil ou usar uma linguagem diferente da que você está habituado a usar durante uma aula presencial. Use o texto para aproximar-se dos alunos, construa diálogos didáticos simulados.

Uso de imagem

As imagens despertam outro tipo de estímulo visual e “quebram” a densidade de um texto muito longo. Podem motivar os alunos pela estética, pelo humor (você pode usar, por exemplo, tirinhas ou personagens), pelo potencial de representatividade.

Assim, as imagens podem representar o conceito (uma figura do que ele significa), processos, ciclos, organizar eventos em uma linha do tempo, sinalizar ou anunciar um ponto do texto importante. Você pode, por exemplo, usar a mesma imagem para cada um dos tópicos específicos que criou para estruturar o seu texto. Pode até criar um “mascote” ou personagem de outra natureza para conversar com os alunos em determinados pontos da leitura (lembre-se que algumas pausas são essenciais para que o aluno consiga processar as informações).

As figuras ilustrativas podem ser selecionadas a partir de um banco de imagens gratuito.

Escrita generativa

Essa é uma técnica que poderá auxiliar muito quando você for escrever o material que consiste em misturar duas formas de escrever: a escrita espontânea (1ªetapa) ou criativa e a escrita consciente (2ªetapa). Dessa forma, em um primeiro momento, você poderá escrever livremente sobre o conteúdo; sem preocupar-se com critérios específicos. Escrever, usando a criatividade, tudo que você sabe sobre determinado conteúdo.

Após esse momento, retome o texto e veja se ele está adequado ao público, se obedece uma lógica e uma sequência adequadas, se as ideias estão encadeadas e conectadas. Essa “conferência” permite que, após exercitar seu potencial criativo e livre, você faça as adaptações necessárias no texto.

É uma leitura mais técnica, que envolve um olhar mais criterioso.

Uma dica que facilita a elaboração e entendimento dos textos é organizar o assunto de maneira hierárquica. Comece falando do mais geral, mais amplo e, depois, vá afunilando até chegar ao nível de especificidade desejado.

Mapa mental

Muitas vezes, a pergunta será: Como começar? Quando você pensa em escrever um conteúdo, é provável que várias ideias venham a sua mente. Então, um dos passos significativos é organizá-las usando um mapa mental.

Um mapa mental é como se fosse um mural/esquema onde você consegue ter uma visão mais geral do que precisa ter no seu texto. Você pode usar cores, setas e frases para conectar ou destacar informações. Você pode, inclusive, começar com palavras ou tópicos soltos que você considera necessário para o texto e, depois, ir conectando e enxergando relações entre elas, fazendo todas as associações e caminhos possíveis. Procure colocar o conceito ou conteúdo principal no centro da folha e, então, ficará mais fácil enxergar links entre as palavras adjacentes.

Você pode usar uma folha sulfite, uma cartolina ou uma lousa, canetas coloridas e diferentes formatos de figuras (veja o exemplo abaixo).

Você pode usar o esquema não só para escrever textos, mas quando for gravar vídeos também.

O papel e a caneta são ótimos instrumentos, mas para quem prefere usar ferramentas digitais, acesse:

• Conggle

• Lucidchart

Outra ideia é pedir aos alunos que façam um mapa mental sobre o que eles entenderam de uma aula. Essa é uma ótima estratégia de estudo e ajuda na fixação dos conceitos.


AUDIOAULAS

Produzir suas aulas em áudio pode ser mais fácil do que você imagina. Recursos como o seu celular são grandes aliados para a produção desses materiais sem investimentos extras. Construímos as sugestões a seguir pensando em como você pode tirar o máximo de proveito desse tipo de conteúdo para potencializar suas aulas:

1. Faça o planejamento da sua produção observando quais conteúdos podem ser mais facilmente aprendidos em áudio (ex.: a leitura e explicação de algum conto ou poema; o contexto histórico de um assunto; atualidades);

2. Caso seja necessário, faça um roteiro utilizando tópicos para te ajudar se lembrar do assunto de forma linear ou na sequência que você achar que ficará mais fácil para seus alunos entenderem;

3. Evite audioaulas muito longas. Por não terem um estímulo visual, os alunos podem perder o foco facilmente em conteúdos em áudio maiores que 15 ou 20 minutos.

4. Para a captação da voz, você pode utilizar um aplicativo de gravação do celular. Utilize o microfone do seu celular para gravar e não se esqueça de manter uma distância de no máximo 30cm dele para manter a boa qualidade do áudio.

5. Seja você durante a gravação e fale como se você estivesse se dirigindo diretamente para seus alunos. Como eles não estarão te vendo quando ouvirem a sua aula, trabalhe a entonação da voz, faça perguntas como ganchos para a explicação que virá a seguir e incentive seus alunos à alguma ação para que o conteúdo fique mais dinâmico e prenda a atenção;

6. Descrever detalhadamente um assunto ou tema é importante para a aprendizagem em áudio por conta da impossibilidade de representar ideias visualmente, mas conteúdos em áudio com detalhes além do necessário irão exigir muita atenção e foco dos alunos. Faça o exercício de se colocar no lugar de quem irá ouvir o material para encontrar o equilíbrio entre as duas coisas.

7. Caso queira, você pode finalizar o material cortando erros ou trechos que não precisam estar na explicação com algum aplicativo de edição de som.

Muitas das dicas de produção de conteúdo em texto podem ser úteis também para a sua audioaula. Não se esqueça de retomar esse tópico caso você vá criar suas aulas em áudio.


CURADORIA DE CONTEÚDO

A curadoria é outra estratégia que pode ajudar muito na elaboração de materiais.

Já pensou que você faz curadoria inclusive ao escolher um texto, uma figura ou uma frase para postar em suas redes sociais?

Já parou para pensar que todas as vezes que você faz uma busca no google ou no youtube, você está fazendo curadoria? Está “escolhendo” (mesmo que sem critérios específicos) um conteúdo quando você tem milhares de links disponíveis?

Nós fazemos curadoria constantemente. O ponto é: como fazê-la bem? Como detectar o “lixo digital?” Como certificar-se de que estamos acessando e recomendando um conteúdo de qualidade?

Seguem algumas dicas:

  1. Esse conteúdo foi publicado recentemente?
  2. Essa informação será significativa para seus alunos?
  3. Quem é o autor? Qual a sua expertise no tópico?
  4. Onde esse conteúdo está publicado? Você conhece a fonte?
  5. O conteúdo trata de opiniões? Se sim, há vieses muito determinantes?
  6. O autor fornece referências ou fontes dos dados?
  7. A linguagem é compatível ao público para o qual o material será disponibilizado?

Para deixar o conteúdo ainda mais atrativo, você pode organizá-lo de acordo com alguns modelos:

Agregação

Você pode procurar tudo de um determinado assunto em um único local e organizar como uma lista: 5 bons sites para ajudar a identificar notícias ou conteúdos falsos; 10 textos para você construir argumentos sobre a pandemia; 3 vídeos que irão te fazer entender porque a tecnologia digital é importante para educação.

Cronologia

Após fazer uma pesquisa, você pode colocar informações em uma linha do tempo. Dependendo do conteúdo, é importante identificar “marcos” e como os conceitos mudaram ao longo do tempo de acordo com novas pesquisas, cenários e perspectivas. Vê-se, dessa forma a evolução da informação ao longo do tempo – e como os conceitos ou o nosso entendimento sobre eles mudam ao longo desse tempo.

Destilação

Você pode encontrar textos com uma linguagem densa, complexa e extensos. O trabalho de curadoria pode ser o de “traduzir” as informações para um formato mais simples, acessível. Assim, você pode simplificar a linguagem e destacar informações que são mais necessárias para o contexto de aprendizagem que você está criando.

Mashup

A curadoria pode ter como objetivo fazer a compilação de vários pontos de vista de um tópico e compartilhar em um local como, por exemplo, o wikipédia. A fusão de vários conteúdos pode ser usada para criar um novo ponto de vista ou para mostrar diferentes perspectivas de um mesmo assunto. Isso pode funcionar muito bem com conteúdos atuais/polêmicos para exercitar o pensamento crítico dos estudantes.


SINCRONIZANDO DIFERENTES FORMATOS DE CONTEÚDO

O momento é de insegurança mas pode ser, também de criatividade e inovação. Diante das possibilidades, aproprie-se daquela que te deixa mais confortável e que possa cumprir os objetivos de aprendizagem. Não precisa prender-se a uma delas. Você pode usar um texto e um vídeo, um vídeo e uma chamada para ação, pode misturar o que achar adequado e proporcionar diferentes experiências de aprendizagem remota aos seus alunos! Bora lá?

Caso você queira um material mais aprofundado sobre a produção de conteúdos online, acesse o Guia de elaboração de materiais didáticos para uso na educação à distância, da ENFAM.


DISPONIBILIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E RESULTADOS

Você deve estar se perguntando: “como fazer o meu conteúdo chegar aos alunos de forma organizada?”, ou mesmo: “como vou avaliar a aprendizagem dos meus alunos e entender o quanto minhas aulas estão ajudando?”.

Existem inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas para a disponibilização dos seus conteúdos e avaliação dos alunos, como falamos neste artigo sobre como manter a aprendizagem funcionando nas escolas.

Ainda assim, a tecnologia mais direcionada para uma boa experiência de aprendizagem – indicada para a disponibilização de aulas online, avaliação dos alunos e análise aprofundada das necessidades e resultados – é uma Plataforma de Gestão da Aprendizagem, como a Plataforma Scaffold.

Com a nossa plataforma, você pode:

  • Disponibilizar materiais para os alunos: Links de vídeos (YouTube, Vimeo e outros), textos, exercícios, atividades, fóruns, entre outros;
  • Interagir com os alunos através das mensagens públicas e privadas;
  • Acompanhar o engajamento e aprendizado dos alunos através dos relatórios (presença e permanência);
  • Fazer encontros ao vivos (videoconferência com participação dos alunos) através da própria plataforma com a integração com o ZOOM (gravados para ficar na plataforma para diário de classe e também para aluno assistir de novo);
  • Alunos podem fazer uploads e downloads de materiais;
  • Avaliação com hora marcada, opções de múltipla escolha, abertos, ou combinações.

Nós ainda temos mais de 2.000 videoaulas de Ensino Fundamental II e Médio que podem ser disponibilizadas para os alunos e usadas como material de apoio para as aulas, como forma de facilitar a sua atuação. A aprendizagem deve continuar!

Saiba mais sobre a Plataforma Scaffold com Conteúdo para sua escola! Clique aqui e fale com nossa equipe!

Compartilhe seus sentimentos e sugestões conosco!